segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A tecnologia invade a sala de aula: veja recursos que auxiliam o ensino

A tecnologia permitiu que a interatividade e o maior – e mais rápido - acesso à informação chegassem às salas de aula. Tablets, lousas digitais, datashow, redes sociais e sites educativos se tornaram grandes parceiros dos professores na hora de ensinar. Por isso, neste 15 de outubro, Dia do Professor, o TechTudo conversou com alunos e mestres para saber como esses recursos podem influenciar o aprendizado na escola.


Professor da Unigranrio nos cursos de Marketing e Recursos Humanos, Ricardo Gomes é um dos adeptos destas ferramentas em suas aulas. “A tecnologia me facilita muito a transformar a aula em algo mais dinâmico. Sempre que posso, acesso a Internet, uso projetores e dispositivos móveis, como o iPad, para reforçar conteúdos e cases”, afirmou.
Em coro com Ricardo, a estudante do 2º ano do Ensino Médio, Natalia Neves, de 16 anos, afirma que a tecnologia, além de facilitar o aprendizado, estimula a busca por novas informações. “É muito melhor quando a gente pode visualizar as coisas que os professores falam. Porque, quando não dá, fica tudo só na nossa imaginação. Aula de História, por exemplo, é pura imagem. Além de a gente prestar mais atenção no que é possível ver, a aula fica mais divertida e faz com que os alunos queiram pesquisar mais”, disse. A colega de turma, Carolina Barrias, de 16 anos, concorda. “Às vezes, a gente perde muito tempo copiando coisas do quadro que poderíamos aprender de forma mais fácil com filmes, imagens e apresentações de slides”.

E elas não são as únicas a afirmarem isso. De acordo com o também aluno do 2º ano do Ensino Médio, Leonardo Gimenez, de 16 anos, somente o quadro-negro e o giz já não são suficientes para suprir a necessidade de informação dinâmica exigida pela era digital. “A aula depende muito do professor. Mas quando, além de um bom professor, existem recursos que chamam a atenção dos alunos, o tempo de aula passa muito rápido”, disse.
Para Julia Lima, de 15 anos, ter um computador para cada um em sala de aula seria excelente. “É mais dinâmico, além de facilitar a troca de material, como os slides da aula”. Já as estudantes Sophia Lima, de 17 anos, e Mila Ingrid, de 18 anos, acreditam que o acesso à Internet em sala já muda – e muito – o desenrolar das aulas. “Existem vários filmes e vídeos do YouTube que podem dar exemplos de assuntos trabalhados na sala. E para isso, só é necessário acesso à Internet”, falou Sophia. Mila completou. “Hoje em dia, eu estudo muito mais pela Internet do que por livros. Posso fazer download de programas, aplicativos. Me atrai muito mais”.
Mas a relação estabelecida entre a tecnologia e a educação esbarra ainda em um conceito destinado à geração atual: o de Nativos Digitais. A nomenclatura é destinada aqueles que já nasceram conectados à Internet e dominam esses recursos tecnológicos com extrema facilidade. Segundo a professora de Psicologia Organizacional da Faculdade de Reabilitação da ASCE, Solange dos Santos, essa ideia de que os alunos conhecem mais sobre os novos recursos do que os professores pode assustar alguns profissionais na hora de trabalhar com essas ferramentas.

“O professor era o detentor do saber. Hoje em dia, isso está sendo modificado e se tornando uma troca de conhecimentos. Apesar de sabermos que isso assusta alguns profissionais, o fato é que não pode acontecer. O aluno até pode dominar as ferramentas e acessar o conteúdo via Internet, mas o professor ainda tem a didática e a bagagem de informações aliadas à experiência profissional”, afirmou.
Ricardo também concorda com a colega de profissão. “A Internet e a tecnologia são ferramentas, mas não constituem a estrutura do aprendizado como um todo. O aprendizado em sala de aula depende muito mais da didática e da relação do professor com os alunos”, disse.
Quanto às dificuldades relacionadas à distração que esses recursos podem causar nos alunos, ele é taxativo. “A tecnologia só vai atrapalhar quem não souber fazer bom uso dela. O professor tem a responsabilidade de mostrar ao aluno que essas ferramentas podem ser fundamentais para que ele aprenda coisas interessantes”.
Engana-se quem pensa que os alunos não concordam com essa visão. “Eu e meus amigos montamos grupos no Facebook para debater o que é dito em sala de aula, discutir trabalhos, tirar dúvidas e montar apresentações. Internet não é só besteira. É algo importante”, finalizou Lorrayne Ribeiro, de 17 anos.


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