terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Sem celulares específicos para idosos no Brasil, Nokia 110 pode ser alternativa; veja testes


Se um idoso quiser comprar um telefone celular específico para sua faixa etária, encontrará no exterior diversas opções de aparelhos com funções enxutas, teclas grandes e até recurso para chamada de emergência. No Brasil, no entanto, a história é outra. Alguns fabricantes já lançaram modelos que atende a esse público (caso do ZTE S203), mas os aparelhos acabaram saindo do mercado. Hoje, os únicos grandes fabricantes que dizem ter um telefone celular adequado para idosos são a Nokia, com o modelo 110, e a LG, com o A275. 

A reportagem testou o Nokia 110 para saber se o aparelho pode mesmo agradar uma pessoa de terceira idade, sem qualquer familiaridade com a tecnologia – a LG não tem o A275 disponível para testes. Além disso, o mesmo modelo da Nokia foi emprestado para uma aposentada de 78 anos, que fez um teste guiado.


Beatriz Maria Ferreira Moroz nunca se deu bem com celulares e já até rejeitou aparelhos de presente, devido à falta de intimidade com a tecnologia. Abaixo você confere as impressões (dela e da reportagem) sobre o modelo superenxuto da Nokia, que tem preço sugerido de R$ 169.
  • Arquivo pessoal
    A aposentada Beatriz Moroz foge dos celulares, mas testou o modelo da Nokia 

    Hardware
    Beatriz usa óculos há tantos anos que nem lembra mais quantos graus tem o acessório -- por isso, as características do visor são fundamentais para ela. Logo de cara, a aposentada conseguiu ler sem problemas o que estava na tela. Principalmente na mensagem de texto, em que as letras são surpreendentemente grandes. Aqui, ponto para o aparelho, que atende bem ao público idoso, geralmente com dificuldade de enxergar letras pequenas.
    No entanto, o teclado alfanumérico derrapou. Isso porque as letras, posicionadas abaixo dos números, são pequenas e exigiram esforço para serem lidas (o que prejudicou muito a escrita de uma mensagem, por exemplo). Essa é uma das principais diferenças entre o Nokia 110 e telefones celulares desenvolvidos especialmente para a terceira idade: os aparelhos específicos para o público idoso têm as teclas grandes como principal chamariz.
    O Nokia 110 também não tem cores nos botões, um recurso muito útil para os não adeptos a celulares. É comum encontrar aparelhos em que o botão de atender é verde e o de desligar, vermelho. Ao usar o Nokia 110, Beatriz sentiu falta desse recurso visual e ficou confusa ao receber uma chamada. No entanto, o volume do toque foi alto o suficiente e nem precisou ficar no máximo para ser bem ouvido.
De forma geral, o Nokia não foi amigável com Beatriz na maioria dos aspectos – as teclas são pequenas, elas não têm cores para indicar funções (liga e desliga) e o menu é composto por símbolos, o que pode acabar confundindo.
Por outro lado, o visor apresenta textos grandes, um recurso bem-vindo para o público idoso. Nos testes, o Nokia 110 mostrou que pode ser um bom telefone para quem resiste à tecnologia, mas não deve ser considerado o aparelho ideal para usuários de terceira idade. A não ser que tenha alguém (realmente) disposto a ajudar o idoso em seus primeiros passos.

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